Em julho (sim, estou atrasada) tive a oportunidade de conhecer outra parte da Itália. Eu e o Rutger fomos para Nápoles, na região da Campania. A Itália é muito especial pra nós, já que foi lá que nos conhecemos.

Saímos de Amsterdã cinco minutos antes daquele avião que foi derrubado. Quando chegamos no hotel e ouvimos a notícia, ficamos chocados. Fiquei até com medo de voltar voando. Foi muito triste, principalmente para os holandeses, mas voltando à viagem...

A primeira impressão da cidade não foi das melhores: trânsito caótico, sujeira por toda parte, gente aos berros na rua... Mas logo depois que achamos nosso hotel e saímos para comer pizza, aquela musiquinha tarantela começou a tocar na minha cabeça. Tãtãrãtãtãtã....

Pelas nossas andanças pude confirmar que o trânsito é sim caótico - quase todos os carros têm um amassadinho ou dois. As faixas de pedestre são raras, e atravessar uma avenida é quase uma roleta russa. Existe muito lixo no chão e muitos prédios pichados, mas as pessoas que berram na verdade são tutti bonna genti! Elas parecem estar brigando, mas é só uma conversa. Achei os napolitanos bem mais barulhentos que os romanos. 

O Rudy fez um vídeo bem bonitinho com imagens da gente de lá: 

Passamos um dia em Pompéia e apesar do sol escaldante, sobrevivemos sem nenhuma queimadura. Pegamos um trem saindo do terminal Garibaldi em direção à Sorrento. O ticket foi 3,60 euros e leva cerca de 30 minutos. Depois de uma fila longa, acabamos esquecendo não pegando o mapinha. Todo mundo com mapa, menos nós dois! Passamos horas andando sem rumo na esperança de encontrar um mapa no chão, mas não encontramos. Mesmo assim vimos muitas coisas lindas. Fiquei impressionada com os corpos que viraram pedra, as salas de banho, as pinturas nas paredes... Tudo muito interessante. Na volta, íamos fazer um tour no Vesúvio, mas o sol ainda estava muito forte e decidimos parar numa estação qualquer e conhecer mais do subúrbio de Nápoles, que é bem tranquilo e muito mais limpo.

O metrô de Nápoles é incrível. Tão incrível que paramos em todas as estações do nosso percurso só pra apreciar os temas. Nunca imaginei que fossem tão modernas numa cidade tão antiga. Apelidamos essa aqui de Star Wars.

 Quando fomos à Via Toledo, uma das ruas mais famosas da cidade, ao invés de seguir passeando por ela, entramos nas ruas de trás. Foi lá que vimos os italianos que não usam Gucci e as nonas. Até conversamos com as mãos  algumas pessoas que andavam nas ruelas.

Fomos a três pizzarias em dias diferentes: Pizzeria Da Michele, recomendada pelo Lonely Planet; Gino Sorbillo, recomendada por um programa holandês e outra chamada só Sorbillo que não tinha fila nenhuma e não parecia popular. Acontece que a pizzaria que não estava em nenhum guia foi a que mais gostamos. Isso me levou a pensar nas inúmeras vezes que damos valor para as coisas de nome e perdemos a oportunidade de conhecer o novo. Comemos a melhor pizza da vida por entrar na pizzaria errada! As outras duas já sabiam que independente de quão bom o atendimento e a qualidade fossem, sempre haveria uma fila na porta. Viva o pequeno negócio!

Depois de alguns dias de muitas igrejas, castelo, gelatto e pizza, fomos para a charmosa Costa Amalfitana, mais precisamente para Positano. Mas essa parte eu conto no próximo post.